Os milagres de Santa Clara: você conhece?
Os milagres de Santa Clara: você conhece? No dia 11 de agosto celebramos o dia de Santa Clara. Por este motivo, nós lhe oferecemos alguns trechos da legenda (vida) da Santa para que você a conheça um pouco mais.
"Um menino de três anos, chamado Mateuzinho, enfiou uma pedrinha no nariz. Mão alguma conseguia devolver-lhe a saúde. Correu a Clara; ela o marcou com o sinal da cruz e ele expeliu a pedra.
Um perusino tinha um olho atacado por manchas. Foi a Clara para ser curado. Ela fez-lhe o sinal e o enviou a sua mãe (Hortolana, a mãe de Santa Clara tornou-se clarissa no Mosteiro de São Damião, onde Santa Clara era abadessa), para que fizesse outro sinal da cruz. Esta tinha seguido o caminho venerando da filha, quando ficou livre da lei do matrimônio, e se encerrara no jardim fechado com as virgens, sob a veste religiosa. A mãe obedeceu à filha e marcou o olho lesado com o bem-aventurado sinal. Imediatamente a nuvem foi afastada e o olho ficou límpido. Clara afirmava que tinha sido pelo mérito de sua mãe, mas a mãe dizia que era indigna dessa cura e louvava o mérito da bem-aventurada filha, atribuindo-lhe o peso do louvor."
Santa Clara: corajosa e maternal
… (Santa Clara) gostava de ouvir os doutos, pois aprendera a tirar o miolo das palavras sagradas, tomando da casca o fruto doce, e penetrando na medula.
(Certo dia) Foi determinado que nenhum frade fosse aos lugares religiosos das senhoras (onde as clarissas moravam), a não ser com licença especial do papa. Quando a virgem (Santa Clara) percebeu que, por causa dessa determinação, teriam mais raramente o alimento da Palavra, sofreu e, despedindo todos os frades que pediam o seu sustento (que pediam esmolas para as clarissas), disse: “De agora em diante não queremos mais ter esmoleres de comida, já que o papa, com sua proibição, tirou-nos os discípulos da Palavra (os frades que faziam pregações do Evangelho para as Irmãs). Quando soube disso, o papa logo retirou a proibição, deixando o assunto ao arbítrio e querer do ministro (dos frades franciscanos).
Mas não cuidava só das almas, pois atendia prestativa a suas filhas (as Irmãs), e quando as encontrava dormindo regeladas, cobria-as no frio da noite. Se alguma não podia obedecer à lei comum, e não pudesse submeter-se ao rigor imposto pela Ordem, agia com ela mais brandamente, com piedade materna.
Compadecia-se das tristes, sofrendo com elas e, chorando, curava as lágrimas das sofredoras. Se, para alguma, a tentação da mente invadisse o claustro, prostrava-se a seus pés, consolava-a com palavras amáveis, e assim erguia as mentes caídas (cfr. Sl 144,14) e amparava as doentes.
Lembrava e punha em prática a palavra do apóstolo, que a piedade vale para tudo (cfr. 1Tm 4,8) quando ajuda os enfermos, quando carrega os pesos e quando tem misericórdia dos pobres, quando levanta os caídos e a todos assiste fazendo-se tudo para todos.
Quando as discípulas lembravam os amáveis serviços da madre (Santa Clara), retomavam para si, nos ânimos devotos e plácidos: para venerarem a doce mãe com a dedicação do amor; na esposa de Cristo, os santos vestígios, os gestos bondosos, atos e sentidos perfeitos.
A humildade de Santa Clara
Santa Clara lavando os pés enlameados das servas que saíam do mosteiro, enxugando-os e beijando-os, de acordo com o exemplo de nosso Salvador, e às que trabalhavam dentro com obséquios mais laboriosamente, como se fosse uma serva que se paga, com toda prontidão expondo seu tenro corpozinho, às sãs, às enfermas e às débeis como se fossem suas senhoras, apresentava com todo esforço um serviço pronto e alegre, quando havia oportunidade.
Dessa forma a humilde discípula de Francisco, já feita mestra das virgens, como aprendera do santíssimo pai, parecia preferir não tanto o estar à frente quando o submeter-se, e não tanto impor às outras quanto carregar o jugo da santa obediência, como raiz de toda perfeição a humildade espontânea e em si mesma pela freqüência do exercício regava e cultivava para ajudar a plantá-la no coração das filhas pela eficácia do bom exemplo.
A pobreza evangélica, cuja herança o bem-aventurado pai deixara para os filhos em uma abundância incessante, ela, como filha legítima, não quis ficar sem a sua parte. Por isso, no início de sua conversão, a paterna herança, que a ela tinha chegado, fez ser desviada, e sem reservar nada do preço para si mesma, distribuiu tudo aos pobres.
Dessa forma a humilde discípula de Francisco, já feita mestra das virgens, como aprendera do santíssimo pai, parecia preferir não tanto o estar à frente quando o submeter-se, e não tanto impor às outras quanto carregar o jugo da santa obediência, como raiz de toda perfeição a humildade espontânea e em si mesma pela freqüência do exercício regava e cultivava para ajudar a plantá-la no coração das filhas pela eficácia do bom exemplo.
A pobreza evangélica, cuja herança o bem-aventurado pai deixara para os filhos em uma abundância incessante, ela, como filha legítima, não quis ficar sem a sua parte. Por isso, no início de sua conversão, a paterna herança, que a ela tinha chegado, fez ser desviada, e sem reservar nada do preço para si mesma, distribuiu tudo aos pobres.
Santa Clara cura um menino cego
Jacobelo, conhecido como filho da espoletana, doente de cegueira havia doze anos, andava com um guia e não podia ir sem ele a lugar nenhum senão ao precipício. Uma vez, deixou o menino um pouquinho e caiu num buraco, quebrando um braço e machucando a cabeça.Uma noite, dormindo junto à ponte de Narni, apareceu-lhe em sonhos uma senhora que disse: “Tiaguinho, por que não vem a mim em Assis para ficar curado?”. Quando acordou, de manhã, contou tremendo essa visão a outros dois cegos. Eles disseram: “Ouvimos falar, há pouco, de uma senhora que morreu na cidade de Assis, e se diz que o poder do Senhor honra seu sepulcro com graças de cura e muitos milagres”.
Ouvindo isso, tratou de pôr-se a caminho sem preguiça e, hospedando-se à noite em Espoleto, teve outra vez a mesma visão. Voou ainda mais rápido, só pensando em correr, por amor à vista.
Mas, ao chegar a Assis, encontrou tanta gente acorrendo ao mausoléu da virgem que não conseguiu de modo algum chegar perto do túmulo. Pôs uma pedra embaixo da cabeça e, com muita fé, apesar da dor de não poder entrar, dormiu ali fora. Então, pela terceira vez, ouviu a voz dizendo: “Tiago, o Senhor lhe concederá o favor, se você puder entrar”.
Por isso, ao acordar, rogou chorando à multidão, gritando e implorando que o deixasse passar, por amor de Deus. Aberto o caminho, jogou os sapatos, despiu-se, passou uma correia no pescoço e foi tocar humildemente o túmulo, onde caiu num sono leve. “Levante-se, disse a bem-aventurada Clara, levante-se que está curado”.
Levantou-se na hora e, dissipada toda cegueira, sem nenhuma escuridão nos olhos, viu claramente a claridade da luz, graças a Clara. Glorificou a Deus, louvando-o, e convidou todos a bendize-lo por tão maravilhoso portento.
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